Crime e pobreza

Existem pessoas boas e más nesse mundo. No entanto, é difícil julgar e classificar alguém como bom ou mau. O que levar em conta nessa análise? Será que podemos nos basear na bíblia sagrada que é considerada a palavra de Deus? Creio que não é tão simples! A bíblia ilustra vários ensinamentos de Jesus, mas, não se trata de um conjunto de leis divinas que possam se aplicar a todo caso de maldade.

Então, podemos pensar: Por que pessoas se tornam más? Que tipo de circunstâncias, falta de educação recebida, sofrimentos, vivenciam aqueles que se tornam criminosos? Será que o sofrimento pode mesmo fazer a diferença entre o bem e o mau? Talvez! Claro que existem pessoas que, embora tenham passado por muito sofrimento, não são criminosas. De fato, a maldade não é proporcional ao sofrimento, mas pode ter uma possível relação.

Existem circunstâncias que podem aumentar as chances de alguém desenvolver maldade. Por exemplo, alguém que, pela falta de oportunidade de uma vida melhor, se revolta contra a sociedade, pode desenvolver a maldade de um assaltante. Obviamente que as dificuldades enfrentadas não justificam o caminho do crime, mas, de fato, logicamente, o desenvolvimento da criminalidade é maior em regiões mais pobres de uma cidade, isso também porque alguns só conseguem ganhar a vida assaltando ou cometendo outros crimes que geram alguma renda.

Muitas pessoas, a pesar de sofrerem como desfavorecidas pelo sistema político/econômico vigente na maioria dos países (O capitalismo), se tornam pessoas de bem. Mas, a criminalidade pode diminuir com as oportunidades de emprego e meios de pessoas muito pobres buscarem uma situação financeira melhor. Por exemplo, através da distribuição de renda entre empresários e pobres.

Assumindo que a pobreza tem relação com circunstâncias que podem favorecer o desenvolvimento da maldade, como seria a distribuição de renda? Não se trata da ação de algum Robin Wood que tomaria dos ricos para dar aos pobres. Mas, talvez, se pudesse diminuir os lucros das grandes empresas através da cobrança de impostos e aplicar o dinheiro arrecadado em favor do povo pobre, através de programas sociais. Por exemplo, para acabar com a falta de habitação, é necessário, apenas, dinheiro suficiente para construção de albergues para todos os moradores de rua. Para acabar com os problemas oriundos do sistema de saúde, basta verba suficiente para construir mais hospitais, adquirir recursos necessários e contratar mais profissionais de saúde.

Assim, podemos concluir que, quase todos, senão todos, os problemas sociais (Inclusive a criminalidade) têm relação com a desigualdade social e financeira e, as mesmas, têm relação com a falta de verba para investimento que muito sobra aos grandes empresários.